1500

O navegador português Pedro Álvares Cabral (1467/68-1520) aporta no litoral do atual estado da Bahia e proclama a posse do território em nome do rei dom Manuel I (1469-1521) de Portugal

1548

Primeira viagem do mercenário alemão Hans Staden (1510-1576) à capitania de Pernambuco

1549

Fundação da cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, capital da América Portuguesa

1549

Segunda viagem de Hans Staden à capitania de São Vicente, ocasião em que foi capturado pelos índios Tupinambás nas proximidades de Bertioga

1555

O navegador Nicolas Durand de Villegagnon (1510-1571) estabelece na baía de Guanabara uma colônia francesa, a chamada França Antártica. Em sua frota estavam o franciscano Frei André Thevet (1502-1592) e o pastor calvinista Jean de Léry (1534-1611)

1557

Publicação, em Marburg, de Warhaftige Historia und Beschreibung Eyner Landtschafft der Wilden Nacketen, Grimmigen Menschfresser-Leuthen in der Newenwelt  America Gelegen [Verdadeira história e descrição do país dos homens selvagens, nus e canibais do Novo Mundo, América], de Hans Staden (1510-1576)

1557

Publicação, em Paris, de Les Singularitez de la France Antarctique [As singularidades da França Antártica], de André Thevet

1565

Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro

1575

Publicação, em Paris, de La Cosmographie Universelle [A cosmografia universal], de Frei André Thevet (1502-1592)

1578

Publicação, em La Rochelle, de Histoire d’un Voyage Faict en la Terre du Brésil [História de uma viagem feita à terra do Brasil], de Jean de Léry (1534-1611)

1580

União das Coroas Ibéricas

1581

A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ocupa a parte nordeste da América Portuguesa, estendendo seus domínios ao território compreendido entre os atuais estados de Ceará e Sergipe

1592

O editor Theodore de Bry (1528-1598) publica em Frankfurt o terceiro volume de sua coletânea de relatos de viagem à América, conhecido como America Tertia Pars. Nele, De Bry edita os textos e reelabora as ilustrações dos livros de Hans Staden e Jean de Léry

1612

O navegador Daniel de La Touche (1570-1631) ocupa o território do atual estado do Maranhão e funda a cidade de São Luis, capital da colônia chamada França Equinocial. Em sua frota estavam os frades capuchinhos Claude d’Abbeville (15? – 1632) e Yves d’Évreux (1570-163?)

1614

Publicação, em Paris, de Histoire de la Mission des Pères Capucins en l'Isle de Marignan et Terres Circonvoisines [História da missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas], de Claude d’Abbeville

1615

Publicação de Voyage dans le Nord du Brésil Fait Durant les Années 1613 et 1614 [Viagem ao norte do Brasil feita durante os anos de 1613 e 1614], de Yves d’Évreux

1637

A colônia holandesa no nordeste é governada por Johan Maurits van Nassau-Siegen (Maurício de Nassau) (1604-1679), com capital em Recife. Nassau traz consigo um grupo de cientistas e artistas entre os quais estão o médico Willem Piso (1611-1678), oastrônomo e naturalista Georg Marcgraf (1610-1644), além dos pintores Albert Eckhout (1610-1666) e Frans Post (1612-1680)

1647

Publicação do mapa mural Brasilia qua Parte Paret Belgis composto a partir de levantamento cartográfico executado por Georg Marcgraf e com vinhetas baseadas em desenhos de Frans Post

1647

Publicação, em Amsterdam, de Rerum per Octennium in Brasilia... [História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil...], obra encomendada por Nassau ao historiador e poeta Caspar van Baerle (1584-1648), ou Barlaeus. O livro é ilustrado com 56 gravuras, muitas das quais assinadas por Frans Post

Maragnon
Gravura
Atribuído
Frans Post

1648

Publicação, em Leiden e Amsterdam, de Historia Naturalis Brasiliae [História Natural do Brasil], em edição organizada por Joannes de Laet (1581-1649) com base nos estudos e desenhos de Piso e Marcgraf feitos no Brasil

1654

Expulsão dos holandeses da região nordeste

1671

Publicação, em Amsterdam, do livro de Arnoldus Montanus (162?-1683) Die Nieuwe en Onbekende Weereld [O novo e desconhecido mundo], que contém uma seção dedicada ao Brasil. As ilustrações são as mesmas já reproduzidas no livro de Barlaeus

1687

A Manufatura des Gobelins, na França, produz uma série de tapeçarias conhecida como Anciennes Indes [Antigas Índias], cujas composições são elaboradas com base em desenhos de Albert Eckhout que tinham sido oferecidos, em 1678, por Maurício de Nassau ao rei Luis XIV (1638-1715)

1693

Descoberta de ouro na região de Minas Gerais

1737

O artista François Desportes (1661-1743) recria os cartões de tapeçarias baseados em Eckhout para a Manufatura des Gobelins, que dá início à produção da série Nouvelles Indes [Novas índias]

1763

a capital da América Portuguesa é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro

1783

Viagem Filosófica comandada pelo naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) pela região amazônica. Entre outros integrantes, a expedição científica conta com os desenhistas José Joaquim Freire (1760-1847) e Joaquim José Codina (1700-1790)

1792

A rainha dona Maria I (1734-1816) é declarada incapaz de governar, e dom João (1767-1826) torna-se príncipe regente

1799

O naturalista prussiano Alexander von Humboldt (1769-1859) obtém autorização para uma viagem de exploração científica pelas colônias espanholas na América. Acompanhado do botânico Aimé Bonpland (1773-1858), o cientista percorre os atuais territórios de Venezuela, Equador, Colômbia, Peru, Cuba e México, com breve passagem pelos Estados Unidos

1808

O regente dom João transfere a sede do reino português para o Rio de Janeiro após a invasão de Portugal pelo exército de Napoleão Bonaparte (1769-1821). Os portos brasileiros são abertos ao comércio

1815

O príncipe Maximiliam de Wied-Neuwied (1782-1867) inicia sua viagem de exploração científica pela costa brasileira, percorrendo o litoral entre o Rio de Janeiro e a Bahia. Na viagem, é acompanhado pelo botânico Friedrich Sellow (1789-1831) e o ornitólogo Georg Freyriss (1789-1825)

1815

O Rio de Janeiro torna-se capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

1816

Morte da rainha dona Maria I no Rio de Janeiro

1816

Chegada ao Rio de Janeiro da Colônia Lebreton, posteriormente conhecida como Missão Artística Francesa. Constituída de artistas e artesãos ligados ao Institut de France, o grupo é responsável pelo plano pedagógico de uma Escola Real de Artes e Ofícios, instituição origina, dez anos mais tarde, Academia Imperial de Belas Artes (Aiba). Integram o grupo comandado por Joachim Lebreton (1760-1819), o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850), o pintor de história Jean-Baptiste Debret (1768-1848 , o pintor de paisagens Nicolas Antoine Taunay (1755-1830) e o gravador Charles Simon Pradier (1786-1843). Além deles, um serralheiro, curtidores de pele e um ferreiro e perito em construção naval

1817

Chegada no Rio de Janeiro da arquiduquesa Leopoldina de Habsburgo (1797 -1826) para seu casamento com o príncipe dom Pedro, herdeiro da coroa portuguesa. A arquiduquesa é acompanhada dos cientistas da Missão Austríaca.

1818

Dom João é aclamado rei no Rio de Janeiro, passando a governar como dom João VI

1819

Publicação, em Frankfurt, de Reise nach Brasilien [Viagem ao Brasil] de autoria do príncipe Maximilian de Wied-Neuwied. O livro em dois volumes é acompanhado de um Atlas ilustrado, publicado em 1822

1819

Chegada ao Rio de Janeiro do militar britânico e desenhista amador Henry Chamberlain (1796-1844), filho do diplomata homônimo

1821

Nicolas Antoine Taunay retorna à França e deixa em seu lugar o filho Félix Emile Taunay

1821

Chamado pelas cortes de Lisboa, dom João VI retorna a Portugal

1821

Chegada ao Rio de Janeiro dos integrantes da expedição científica comandada por Georg Heinrich von Langsdorff, o barão de Langsdorff. Entre eles, estava o pintor bávaro Johann Moritz Rugendas (1802-1858)

1822

Publicação em Londres de Views and Costumes of the City and Neighbourhood of Rio de Janeiro [Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro], de Henry Chamberlain

1822

O príncipe dom Pedro proclama a independência do Brasil e é coroado imperador, como dom Pedro I

1824

Primeira etapa da expedição Langsdorff, viajando por Minas Gerais. Rugendas se desentende com o barão de Langsdorff, abandona a expedição e retorna à Europa

1825

O artista britânico Charles Landseer (1799-1879) chega ao Brasil no cargo de artista oficial da missão diplomática comandada por Sir Charles Stuart, permanecendo no país até o ano seguinte

1826

A Academia Imperial de Belas Artes inicia oficialmente suas atividades

1827

Publicação, em Paris, dos primeiros fascículos do livro Voyage Pittoresque dans le Brésil [Viagem pitoresca através do Brasil], de Johann Moritz Rugendas. A coleção com todos os fascículos é completada em 1835

Villa Rica
Gravura
Gravador
Joh. Palsini
Desenhista
Thomas Ender

1831

Retorno de Jean-Baptiste Debret à França juntamente com seu discípulo Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879)

1831

O imperador dom Pedro I abdica da coroa brasileira e retorna a Portugal, nomeando seu filho de 6 anos como sucessor. O Brasil é governado por regentes até a coroação de dom Pedro II, com idade de 15 anos, no chamado Golpe da Maioridade

1832

Publicação em Viena de Reise im Innern von Brasilien [Viagem pelo interior do Brasil] de Johann Emmanuel Pohl (1782-1834), com ilustrações baseadas em desenhos de Thomas Ender (1793-1875)

1834

Benjamin Mary (1792-1846) vive no Rio de Janeiro como primeiro representante diplomático do Reino da Bélgica no Brasil

1834

Publicação, em Paris, do primeiro volume de Voyage Pittoresque et Historique au Brésil [Viagem pitoresca e histórica ao Brasil], de Jean-Baptiste Debret. Os dois volumes seguintes são publicados em 1835 e 1839

1834

O pintor Félix Emile Taunay torna-se diretor da Academia Imperial de Belas Artes, posição que ocupa por quase 20 anos

1849

O pintor trevisano Nicolau Facchinetti (1824-1900) desembarca no Rio de Janeiro

1854

Manuel de Araújo Porto Alegre é nomeado diretor da Academia Imperial de Belas Artes, cargo que ocupa até 1857

1888

A escravidão é oficialmente abolida no Brasil

1889

o escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) assume a direção da Academia de Belas Artes, permanecendo nesta função até 1915

1889

A monarquia brasileira é derrubada por uma coalisão de líderes militares, ativistas republicanos e ricos proprietários de terras, frustrados pela abolição do sistema escravista. Início do período Republicano

1891

A antiga Academia Imperial é reaberta no Rio de Janeiro como Escola Nacional de Belas Artes

1915

O pintor João Batista da Costa (1865-1926) torna-se diretor da Escola Nacional de Belas Artes

1922

comemorações do Centenário da Independência. Semana de Arte Moderna